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Pois é, caros concidadãos.
Cá regressei ao meu cantigo de refúgio, desta feita devidamente engaiolado e com o espaço mais bem delimitado pela esposa que, claro está, anda atenta aos movimentos e não deixa aqui o kumkaneco mijar fora do penico.
É certo que se calhar alguns devaneios até agora aqui abundantes terão de ficar um pouco mais esquecidos na prateleira, ou talvez camuflados, mas por outro lado, sejamos francos e optimistas, creio que outras vivências fruto desta minha nova versão mais responsável, encherão este vosso blogzito de histórias, novas histórias, histórias ainda mais frescas que poderei, enfim, partilhar convosco sobre a vida do casal kumkaneco mais a sua adorável kumkaneca que começamos agora a desfrutar. (Vês querida, vês! Estou a ser simpático!...)
E desfrutar é realmente a palavra-chave dado que após o casamento que correu admiravelmente bem, veio a lua-de-mel que ficou ali presa pelo fio da incerteza até quase ao ultimo dia.
Passo a explicar.
O agente que nos ficou de verificar as condições de viagem e alojamento para os destinos que nós pretendíamos simplesmente desapareceu da agência... deu de frosques!... E estranhando nós o não contacto conforme fora combinado, resolvemos indagar e qual não é o nosso espanto, o indíviduo tinha-se posto na alheta e não deu cavaco às tropas, deixando os casos pendentes... pendentes.
Foi fodido... Oops, desculpem mas agora o kumkaneco não pode dizer asneiras. A famelga toda está a ver e é fodido... Oops! Ok, ok...
Depois de resolvido o problema através de um pequeno estratagema que não posso contar aqui senão meu cunhado fode-me... Oops, não era pra dizer... enfim, lá conseguimos ir até Pipa, no Rio Grande do Norte, Brasil.
Uma região magnífica de paisagens luxuriantes e onde convivemos bastamente com os "animais lá da terra".
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Por falar nisso, cumprimentos para o Erinaldo, uma espécie de "vallet de chambre", só que não era de chambre mas sim de cuisine, (Já agora obrigado pela bela da salada de camarão sem camarão pedido aqui pela minha kumkaneca). O Sandro e Fábio que não eram cantores populares mas sim os nossos guias Megatur do Mundo Vip em Natal e não esquecendo o nosso amigo 'cinegrafista' Branca de Neve que eu diria que se ele fosse um animal seria com certeza um veado. Já o Sandro e o Fábio seriam Paneleiros.
É que segundo aquilo que nos foi dito, no Brasil é só gays e lerdos da cabeça e também maricas, acrescentei eu... fez-se um silêncio ensurdecedor. Acho que ninguém percebeu lá muito bem a cena do "maricas", mas prontes!
Ah, e já agora quando forem ao Brasil e virem alguma moçoila jeitosa por lá, podem começar por entabular uma conversa dizendo:
-"Oi, rapariga! Cê tem aí tabaco pra mim! Me dá seu tabaco aí, cara! Pô!..."
Bom, continuando...
Foi absolutamente fantástico.
Choveu todos os dias mas era uma chuva quente seguida logo de um fortíssimo sol que nos queimava a todos em apenas cinco minutos, cinco... Escusado será dizer que reparti o meu tempo entre a praia dos Golfinhos onde ficava situado o nosso hotel (o Village Natureza Beach), a piscina do hotel e o quarto, hehehe...
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A única razão de queixa que tivemos, para além de gozarem connosco pelo facto de termos junto ao quarto dois extintores de incêndio, foi a recepção que nos fizeram no aeroporto de Natal, que para além de não ter muitas condições e de todos os veículos que lá circulam serem literalmente tractores agrícolas, nos fizeram mamar a bucha durante cerca de duas horas, isto após um voo de mais de seis horas e meia a partir de Lisboa e de uma viagem de Alfa Pendular do Porto para Lisboa.
Estávamos ali, literalmente enclausurados num local apinhado de gente, com um calor incrível e sem ar condicionado, numa balbúrdia incrível apenas e tão só para nos carimbarem o passaporte e entregarmos um papelito verde.
E ainda por cima e isto penso que não fui eu o unico que ouvi mas ainda está por confirmar esse facto, ouvi através dos altifalantes do aeroporto uma voz masculina em tom radiofónico e aveludado que nos encantou a todos nós, portugueses na sua esmagadora quase totalidade maioria, a seguinte frase:
-"ATENÇOM, SINHÔRISSE MÁSSIMUSSE SEIOSSE..."
Isto em linguagem fonética e traduzindo para português de Portugal, dá qualquer coisa como, "Atenção, senhores máximos seios..." (???!!!)
O quê ?! - exclamei eu. Olho à minha volta mas creio ninguém se terá apercebido ou percebido as tais ditas palavras, tal era confusão e o desânimo que naquele momento pairava entre aquelas pessoas.
Bom, pensei eu, se calhar fui eu que ouvi mal... Afinal uma viagem de avião assim tão longa seguida de uma praxe daquelas não era para qualquer um.
Se calhar foi!...
Mas eis que de repente e tendo apenas passado cerca de um minuto daquele bocejo sonoro, se ouve novamente aquela voz tipo rádio cidade do programa "by night"a ressoar nos altifalantes do aeroporto:
-"ATENÇOM, SINHÔRISSE MÁSSIMUSSE SEIOSSE"
Foda-se!... Ó querida pah foda-se, esquece isso... Repetiram pah... Quer dizer, um tipo está ali... cansado, extremamente abatido de uma longa viagem... Já era noite que ali às 4 e meia já escurece... e ali preso a ver os tipos da limpeza do avião que se preparavam para entrar ainda mais sujos do que aquilo que iam limpar a tresandar um fedor que abala qualquer porco conceituado da nossa praça, e as "mininas" de camisola amarela e azul que nos faziam a recepção a rirem-se da nossa cara de desespero, só porque éramos portugueses que íamos para lá estourar reais a torto e a direito para alimentar aquela gente toda... e ainda por cima ter que levar com esse cabrão que refastelado numa qualquer cadeira e enfiado num quarto escuro nos observava pelas câmaras e a dizer aquela merda?!... ... Que, que... que em vez de dizer "Senhores Passageiros" diz "Senhores Máximos Seios"!... ...Mas o que é isto?!... Puta que os pariu, pah... a todos...
Vão beber à puta que os pariu!... Cachaceiros do caralho!
E já agora que façam endoscopias baixas limpando os intestinos com cachaça enfiada a partir do olho do cu!... Que tal?! Ahh!... Não gostam... Meus senhores, vejam lá isso... Vejam lá isso!
. Eh pah, Finalmente Voltei...