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Um ser moderno vive para três coisas:
Snifar coca, mostrar que trabalha, e ter um cão preto, um amigo gay e umas fufas por perto.
Assim a casa nunca estará vazia.
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E depois esses vêm dizer que as outras pessoas que prezam a família, e que se contentam com pilas pequenas e conas de sabão, que façam muitas bolhinhas pela janela.
Enfim...
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E o pequeno burguês?
Há quem defenda que o pequeno burguês é aquele que bebe whiskey de 8 anos nos jantares de grupo e numa de sorriso enorme, mete na conta do grupo. E no grupo há sempre uma pequena janada do "trance" que tudo mete em causa porque é forreta, e cria-se o fenómeno social do "burguês", o gajo que fuma os seus charros, tem o seu porno especial, e faz sempre aquele sorriso de superioridade.
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O pequeno burguês só conhece o Cutty Sark e o universo dos gadgets com mamas de uma maxmen.
Mas será este pequeno burguês, o verdadeiro burguês?
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Do meu ponto de vista, este pequeno burguês, é quando muito, o moderno.
Quando me refiro ao burguês, falo daquele pequeno burguês salazarista old school.
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Mas pode o caro leitor perguntar-se:
E então o burguês do princípio do século?
Ou ainda o burguês que um dia era fã dos sex pistols, porque era moda?
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Para mim, o burguês é um tipo cheio de arrogância e de si próprio, e que fode tudo e todos, desde que enriqueça. É esta a máxima.
E é aquele que, quando está ligado à igreja, quer o bem através do desdém.
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