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  Os portugueses adoram fazer compras.

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  Faça chuva ou faça sol, para o menino ou para a menina, a crédito ou a pronto, tanto faz, quanto é que é?

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  Antigamente os portugueses chegavam a atravessar o oceano só para ir às compras. Aquilo não era a época das descobertas, era a época dos saldos. Fomos pelo mundo fora à procura de comércio barato. Logo, podemos concluir que a Índia, era no fundo, uma loja de conveniência. A loja de conveniência mais inconveniente do mundo porque, pronto, ficava na Índia.

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  Mas o Vasco da Gama queria tanto comprar especiarias que descobriu o caminho marítimo para a Índia de propósito, só pra poder estacionar à borla.

  -"Boas... dê-me 5 toneladas de pimenta, 2 toneladas de cravinho e uma de nós moscada... Já agora, onde é que eu valido o ticket de estacionamento da caravela?"

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  Aliás, ele só se chamava Vasco.

  Mas parece que ele achava as especiarias muito caras e ter-se-á abarbatado de umas quantas. Daí que ficou conhecido pelos indianos pelo Vasco... da Gama.

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  O desporto favorito dos portugueses não é o futebol. É claramente, fazer compras.

  A maior parte dos estádios portugueses estão vazios aos fins-de-semana por uma razão muito simples... os centros comerciais estão cheios. É a loucura!

  Há problemas nos estádios com as claques? Ponham-nas à porta das lojas.

  -"Sporting!!!... Só eu sei, porque não vou ao Carrefour!... O chouriço está em promoção, Olé, Olé!..."

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  Fazer compras só pode mesmo ser um desporto.

  É a unica explicação para o tuga andar num centro comercial... de fato de treino.

  E já repararam nas cores dos fatos de treino que as pessoas usam? Aquilo pode cegar. Todos os fatos de treino deviam vir acompanhados de óculos de sol especiais para ver eclipses. Será que aquilo é para eles não se perderem uns dos outros?

  Pessoalmente prefiro roupas um pouquinho mais discretas. Daquelas que não se conseguem ver no Google Earth.

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  Os portugueses como já vimos, adoram compras, mas o homem e a mulher portam-se de maneira completamente diferente quando fazem compras.

  Por exemplo:

  Num centro comercial, se um homem quiser comprar um pacote de leite dirige-se ao supermercado. Se a mulher comprar o mesmo pacote de leite o percurso dela é este:

  Sapataria, boutique, sapataria, cabeleireiro, perfumaria, boutique, outra boutique, sapataria, e finalmente supermercado.

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  Nunca viram na televisão aqueles anúncios da PSP de homens desaparecidos?

  Perderam-se, quando foram às compras com a mulher:

  -"Desapareceu de sua casa o José. Vestia fato de treino amarelo e roxo e foi visto pela última vez numa sapataria. Pede-se a quem o encontrar que retire o seu cartão de crédito da carteira e o envie para Lurdes Correia, a esposa."

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  As mulheres passam a vida a comprar sapatos.

  São viciadas em sapatos. Aliás, elas não vão às sapatarias comprar sapatos. Elas vão buscar a dose... É por isso que eu acho que devia haver clínicas de dessapatização. Como o nome indica, a clínica de dessapatização é o local onde a mulher vai tentar a reabilitação, só que em vez de metadona... dão-lhe xanatas.

  As mais agarradas são capazes de tudo por um par de sapatos italianos... até de roubar. Se conseguissem apanhar o Gangue das Tias da Lapa, no dia a seguir no Telejornal a polícia mostrava uma mesa cheia de sapatinhos, todos alinhados.

  -"A GNR apreendeu durante a operação entre outras coisas, 2 toneladas de sapatos, o equivalente a 20.000 doses."

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  Por falar em sapatos, a história da Cinderela está mal contada.

  Ela era agarrada... mas estava a tentar largar. Foi por isso que deixou cair o sapatinho. Já o príncipe não era encantado. Era dealer... e passava a vida a tentar enfiá-lo no pé.

  -"Vai miúda, experimenta lá! Enfia lá o sapatinho! Vais ver que não queres outra coisa!"

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  Por outro lado, os homens são muito mais fáceis de convencer nas compras.

  Pra convencer um homem a comprar o que quer que seja, basta pôr uma mulher em bikini ao lado... um carro, um perfume, uma viagem, qualquer coisa, não interessa.

  A Repartição de Finanças deveria ser como um salão automóvel. Ao lado de cada guichet punham duas miudas decotadas a sorrir prá gente.

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  Pergunta:

  Assim desta forma, algum dos senhores que estão aí desse lado iriam fugir ao fisco?

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  Pois... Eu também não.

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