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  O primeiro ministro José Sócrates afirmou um tanto ou quanto envergonhado, que ganhava "...cerca de... Cinco Mil Euros... por mês..." e que portanto era rico.

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  Ora Cinco Mil Euros dá em dinheiro português, Mil Contos.

  Mil contos de totobola em tempos idos seria uma fortuna mas hoje não...

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  Se calhar, em vez de falar do que fazia com o dinheiro que o Sócrates ganha ao fim do mês, primeiro falaria do que não posso fazer nos tempos que correm, que o mesmo é dizer, o que é que José Sócrates, não pode fazer com Cinco Mil Euros.
  Prometo ser breve:

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  Não podia sustentar nenhum vicio sofisticado, pois mil contos de pó, não é nada.

  Não podia comprar um carro, muito menos vários.

  Não podia pagar umas férias a uma gaja boa e interessante num lugar exótico.
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  Teria de forçosamente - se o quisesse - de ir buscar dinheiro a outro lado... a outra fonte de rendimentos... Se calhar punha-me a assinar papeis de estudos de impacto ambiental e autorizações no Ministério do Ambiente!... Ouvi dizer que dá bom dinheiro...

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  E agora, eis o que eu faria com mil contos...
  Aproveitava a palhaçada consumista e monumental da nossa sociedade para gastar este dinheirinho (inho inho) em coisas banais e superficiais de que nós tanto gostamos.

  Quem pode viver sem experimentar no lombo uma camisinha Sacoor, ou um polo do Tommy?
  Uns sapatos caros e desconfortáveis que se suportam em honra à sua bela marca "import" made in São João da Madeira.
  Quem pode passar sem ostentar uma toilette a cheirar a rico?
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  Quem é pelintra, pois quem é rico a sério ganha mais que cinco mil euros como bem frisou José Sócrates, preza os seus mais que muitos milhões de euros e faz compras no Lidl, não os gasta, nem mostra que os tem.
  Pode-se pegar em mil contos e ir às putas, dar o nosso apoio a alguém que nos suporta mais as nossas taras em troca de euros. Não há que ter vergonha. Os pedófilos são em geral mais ricos e importantes e não gastam tanto em sexo, aliás, segundo as ultimas novidades televisionadas sobre as biografias de prostitutos em idade pré-adolescente, a moeda de troca seria muitas vezes géneros baratuchos e muito pouco glamorosos.

  Carlos Cruz que o diga que acaba a foder mais dinheiro nos advogados que na putalhada toda ao longo destes anos de foda infantil.

  A uma puta pode-se dar dinheiro para ela comprar uma nova farpela para mostrar mais carne e alegrar a vista (e pixota) a quem por elas passa. Investimento seguro, portanto, e com dividendos para os nossos concidadãos.
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  Posso pegar em mil contos e viajar pobremente por um ou dois paises do 1º mundo. Ver a verdadeira civilização, ao bom estilo "o que vem de fora é que é bom, aqui é tudo uma merda" , comer nos fast-foods do "estrangeiro", fumar os seus cigarros.
  Posso dar um uso menos cultural/actual/fashionable ao dinheiro e saldar dividas, pagar a àgua, a luz, o telefone, a tvcabo, o condominio, a prestação do carro, ir jantar fora umas quantas vezes...
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  Mas para mim, que sou mesquinho e ignorante, o melhor uso seria mesmo dedicado ao hedonismo, copos, putas, borga... Tal como o fazem os admnistradores ao darem-se chorudos bónus com o dinheiro que o Estado deu para as empresas em dificuldades... Assim, sem olhar para trás e venha de lá mais uma rodada e um prato de camarões que estamos em altura de crise e temos que celebrar devidamente o facto do primeiro-ministro e outros tipos ricos como ele que tinham o graveto no BPP e que o tiraram mesmo a tempo com informação priviligeada(?), irem passar daqui para a frente, a ter menos deduções fiscais no IRS.
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  URRA!!! Vivam os pobrezinhos, porque deles será o reino dos Céus...

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