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  É na loja "Recados da Lua" de Ermesinde que os meus convites de casamento estão a ser confeccionados. Eh pah, dito assim desta forma... confeccionados, até parece que estamos a falar de comida... humm...

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  Eu já tenho alguns exemplares finais na minha posse e se vós insistirdes bastante, até pode ser que eu brevemente os mostre aqui.

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  Sempre que lá vou a essa loja, os diálogos lá tidos são sempre interessantes e vivos e rapidamente surgem ideias do nada como se houvesse uma explosão de criatividade. Ou isso ou então foi da feijoada que eu comi ao almoço. Não sei, mas agora que penso nisso, vi algumas pessoas a torcer o nariz, vi sim senhor... humm...

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  Este foi o ultimo diálogo que tivemos e que passo a transcrever. Desta vez foi à volta de uns menus de restaurante para comunhões:

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  -"Então os restaurantes não têm os seus próprios menus? Para que é que os clientes querem que você faça os menus?" - pergunto eu na minha inocência.

  -"Porque estes não têm preço..."

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  Ora aí está... Na altura eu não quis acreditar nisso mas eu quero crer que a Sô Dona ao dizer isto, que não tenha sido o ego a falar, mas sim o facto de estes menus não terem mesmo o respectivo preço das refeições à frente do nome dos pratos.... Bom, Adiante!

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  -"Pois, estão um pouco escuros mas foi a cor que o cliente escolheu. Não se vê muito bem, mas..."

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  E eu replico desta feita com uma brilhante (digo eu) proposta:

  -"Então e se os menus nos fossem lidos? Não é?... Seria útil! Já imaginou, se os convidados da comunhão ao abrirem os menus, de repente surgisse uma voz que nos lesse o conteudo dos menus?!... Como aqueles postais feitos na China que quando se abrem começam a tocar uma musiquinha alusiva à época festiva... só que neste caso seria, não uma música mas a voz de um individuo qualquer a ler os menus... Ahhh! Digam lá se não levo jeito pra coisa!... Ficava giro, ficava sim senhor!"

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  -"Pois... era giro, mas... de dificil execução."

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  -"Não!... Quer dizer... ... Bom, e daí, agora que penso nissso, se calhar até seria complicado de fazer. É capaz de ter razão, até porque ainda por cima os menus seriam todos made in China, e assim nós éramos capazes de ter frases do tipo...

          BACALAU À LAGALEILO ou então...

          FLUTOS DO MALE, ou ainda ...

          FLANGO GLILHADO COM ALÔZ E BATATAS FLITAS."

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