.
A sanita perfeita é a sanita onde cagar sabe bem.
.
Quando tenho vontade controlo-me... Deixo passar o tempo necessário para ter ainda muito mais vontade, um pleonasmo de vontade, muita vontade de expelir cócó, fezes, castanho, marrom, bafo quente em mousse de chocolate.
E a melhor sanita, é mesmo a sem tampa, sem plástico, apenas a pedra dura, que seja branca, reluzente, sentar o rabo numa boa dose maciça de pedra fria, entalado e equilibrado, e depois finalmente cagar... Oh sim!
.
Depois não limpo o rabo com papel, não! O Corão não deixa, mesmo tando-me a cagar pró Corão, mas fica bem copiar algo das outras culturas. Bricolage artistica, em intimidade com os exóticos do mundo, oh sim! Sou um cagão com classe tropical, ocidental, e oriental, tudo al. Além disso vou munido de leitura que me permite depois utilizar com vontade e convicção para esse fim.
.
.
Melhor ainda é estar no bidé a lavar o cú, com aguinha fria, e sabão (qualquer um), e olhar pró lado, e ver o branco do papel, a fecundar-se com o castanho, lá bem no fundo da sanita.
Nisto, dá-me sempre uma vontade ínfima mas que não se ouve de todo, a pedir-me por uma colher de chá.
Uma colher de chá! Uma colher de chá! Uma colher de chá! Uma colher de chá! Uma colher de chá! Dá-me uma colher de chá, JÁ!
.
Um dia ainda o faço... Ir lá, com a colher, e tirar algo. Provador de vinhos, de queijos, com bolacha sem sal para tirar o sabor, e porque caralhos não há-de haver um exímio tortuoso acto de misericórdia com o cagalhão acabadinho de fecundar?
Delicioso... Misterioso... Hmmmmmmm.
.
E com o tempo criarei a primeira liga fetiche do cagalhão suave, pleno, robusto ou assimétrico: o derretido.
Seremos universais em valores... Mas antes do cagalhão, ainda tenho um fetiche maior, o de lamber a pedra, a superficie das sanitas...
Meu Deus... PASSO-ME!
.
Até os publicitários já sabem e aproveitam o prazer que a casa de banho provoca em cada um de nós no simples acto de limpar o cú com papel fofinho. Com mais um pouco de papel higiénico e já estou a fazer sexo à maluca, pah!...
.
.
Nas viagens que faço e agora mais recentemente isso voltou a ser comprovado, tenho reparado que temos realmente umas...