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Estava eu no outro dia a ver televisão, quando dei por mim agarrado furiosamente ao comando e a mudar freneticamente de canal. Está bem que a programação não ajudava mas o comportamento que eu estava a ter não era de todo em todo muito saudável. Basta lembrar (isto para aqueles que foram ver) o filme Click....
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Este pensamento fez-me perceber que o mal não era exclusividade minha. Existem mais pessoas que padecem da mesma doença que eu e se virmos bem quase todos são homens.
Sim, os homens mudam de canal mais vezes que as mulheres, penso eu de que.
Os homens a partir do momento em que têm um controlo remoto nas mãos, nem precisam de saber o que raio estão a ver na televisão.
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Nós simplesmente continuamos a carregar no botão:
-"Reposição... é chato... não me apetece ver..."
-"O que é estás a ver, amor?" - pergunta ela.
-"Não quero saber, só sei que tenho de continuar."
-"Hei, quem era aquele?..."
-"Não sei quem era - deixa lá, a culpa não é tua. Também não interessa nada, eu é que tenho de continuar a carregar."
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As mulheres não fazem isto. A bem da verdade, as mulheres param... por um bocado, e só depois é que continuam.
-"Ora bem, deixa cá ver qual é o programa que está a dar antes de eu mudar de canal."
No fundo, estas acções enquadram-se em algo muito mais complexo. Tudo está inscrito no nosso código genético e na maneira como os nossos ancestrais encaravam a vida.
Os homens simplesmente voam. Já as mulheres gostam de ficar, ou seja, fazem o ninho enquanto os homens caçam. E é por isso que nós vemos televisão de maneira diversa.
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Antes de existir esta treta toda dos canais e dos controlos remotos, antes mesmo de existir televisão, os Reis e os Imperadores e os Faraós e gajos assim, tinham uns tipos que eram chamados de 'contadores de histórias' que obviamente estavam ali para lhes contar histórias, porque esse era o entretenimento deles.
Eu sempre me questionei, se nessas épocas, eles teriam assim, tipo, trinta e tal 'contadores de histórias' todos ali em filinha de maneira que pudessem circular e trocar de posição.
Seria uma coisa mais ou menos assim:
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-"Muito bem, começa-me a contar uma história... o que é que se passa? Não me apetece ouvir mais. Cala-te. O próximo que chegue à frente... De que é que estás falar? Há alguma rapariga nessa história?... Não? Então cala-te. Próximo... O que é que tens aí pra me contar? Eu também não quero ouvir essa treta. Cala-te. Não, passa à frente. Tu... sim, tu. O que é estás praí a falar?... Mas não quero - olha bem pra minha boca - eu... não... quero... ouvir essa MERDA!... OK?!... Não, não, não, todos vocês, saiam daqui. Eu vou-me deitar. Foda-se..."
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