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  O que é isto da Vida Conjugal?

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  É muito simples.

  É aquele momento da nossa vida em que escolhemos uma moça jeitosa e decidimos passar o resto dos nossos fins-de-semana a fazer compras no hipermercado.

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  A grande diferença entre estar solteiro e casado é que em vez de passarmos a vida nas discotecas, passamos a vida na secção de congelados do Pingo Doce.

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  Aliás, deveriam pôr seguranças à porta do supermercado só para os homens poderem matar saudades da vida de solteiro.

  -"Consumo mínimo são 50 euros."

  -"Deixe-me entrar, por amor de Deus! Tenho um encontro escaldante com uma fatia de fiambre da pá!"

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  As mulheres não gostam que os maridos vão pra «night», mas não se importam que eles vão às compras. É natural... Nenhum marido vai trair a mulher com um paio de Almeirim.

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  Quando um homem vai viver com uma mulher acabaram-se as borgas.

  Aliás, não sei porque é que lhe chamam vida conjugal. Morte conjugal, fazia muito mais sentido. Isto significa que, para os que continuam solteiros é como se o amigo tivesse sido ligado a uma máquina.

  -"Já sabes o que aconteceu ao Manel?"

  -"Não."

  -"Casou-se..."

  -"Coitado... (snif) Era tão novo... (snif) (snif). Tinha a vida toda pela frente..."

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  Viver com outra pessoa não é fácil.

  Temos de nos habituar a muita coisa, sobretudo às regras delas. Tal como a televisão, as mulheres também deviam vir com um tele-comando.

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  Quando começassem a chatear, um gajo pegava naquilo e fazia zapping:

  -"Já puseste a louça na máquina? Não é assim! Tens de passar primeiro por água!"

  Boring...

  ZAP

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  -"Quantas vezes eu já te disse para levantares o tampo da sanita? Tá tudo mijado!"

  ZAP

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  -"Olá fofo... Hoje pus aquela lingerie que tu gostas. Fiz a tua comidinha favorita! Quem é a tua gatinha preferida, quem é?... Rrrrnhauuu!"

  -"Aiiiii... À tanto tempo que queria ver este filme."

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  -"Vá, vá lá, come-me!... Senão... como eu!"

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  Algo que jamais se deve partilhar na vida conjugal é a casa-de-banho.

  Faz muito mal a um casamento ver outra pessoa a fazer... enfim, aquilo. É uma imagem traumatizante que pode durar até às bodas de prata.

  Aliás, é preferível apanhar a mulher com um amante, do que sentada na sanita.

  -"NÃAAAOOOOOOO!!!... Como é que foste capaz de me fazer uma coisa destas! Nãoooo."

  -"Perdoa-me querido. Deve ter sido a couve lombarda ao jantar."

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  Outro problema da vida conjugal é que há cada vez menos tempo para o sexo.

  O trabalho, os filhos, as contas da luz e o CSI Las Vegas dão cabo da vida sexual do casal.

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  O sexo deveria ser uma tarefa doméstica obrigatória. Depois de meter a louça na máquina, o marido devia meter a coisa na esposa.

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  As contas são uma dor de cabeça e desgastam a relação. Por isso não se esqueçam, a melhor maneira de poupar electricidade é fazer sempre sexo com a luz apagada... excepto claro, se for em casa da amante.

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  Muitos maridos arranjam amantes só pra fugir da rotina do dia-a-dia.

  No outro dia estava a folhear o jornal e vi nos classificados um anúncio que dizia:

  «Aurora, 87 anos. Não tenho máquina de lavar louça, não tenho máquina de lavar roupa e não vejo telenovelas. Mi liga vai...»

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  E há que dizer que os próprios amantes têm evoluido muito ao longo do tempo.

  Antigamente as mulheres escondiam um amante no armário.

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  Hoje em dia escondem-nos na gaveta da mesinha de cabeceira.

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  Quando a mulher vai viajar, o marido aproveita logo para ir à discoteca.

  Um homem casado numa discoteca faz lembrar a National Geographic.

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  Parece um daqueles leopardos no Serengueti a perseguir uma gazela completamente desvairado.

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  Depois, o leopardo come a gazela encima de uma árvore, e o homem faz o mesmo... encima do capot.

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  O problema é se por acaso a mulher descobrir.

  Aí então, está o caldo entornado... e a diversão de uma verdadeira vida conjugal entre quatro paredes, pode por fim, começar.

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